Thursday 29 September 2011

brandão - vento

fonte: carlos rodrigues brandão
http://www.carlosrodriguesbrandao.blogspot.com/

TRÊS OUTROS POEMAS COM A PALAVRA: VENTO

Carlos Rodrigues Brandão
Um dia depois do Natal em 2007


Como o vento, as palavras vêm


Escrevo. E ouço me dizerem as palavras
que nada do que está escrito aqui é meu.
As palavras me tomam nessa noite.
Como as sementes de um pé de amoras
elas me chegam de longe com o vento.
As palavras que eu digo, que eu escrevo,
não são minhas letras e palavras
e nem as frases e idéias que penso serem minhas.
Elas me chegam, brotam na terra de que sou,
como a planta semeada se desvela.
Nada do que está escrito aqui é meu.
Nada do que escrevi a vida inteira foi meu.
As palavras que dizemos e as que ouvimos
não são nossas em momento algum
e se ilude aquele que escreve e pensa: “isto é meu!”.
Elas chegam com o vento, como o vento.
Vêm de longe, de um onde não sabemos,
e por outros rostos foram ditas e em outras vozes
sob a sombra de outras árvores e outros frutos.
E outros ouvidos as ouviram em outras línguas.
Um vento de passagem as recolheu, um vento
como o que agora venta aqui. Vem e escuta!
Em outra noite como agora, em um lugar distante
um outro vento as recolheu nos braços, safra de letras.
e as palavras que pensamos nossas, vieram nele.
Terão cruzado o calor de algum deserto.
e povos beduínos as terão ouvido antes de nós
as palavras que cantaram e não são nossas.
Terão atravessado um mar, um oceano,
guiadas talvez por uma estrela
que de longe traduziu letras, palavras
e as entoou antes de nós, bem antes.
E com o vento chegaram aqui as palavras
e por um instante, durante um breve tempo
do passar do sopro de um vento errante
elas me habitam como quem, cansado
encontra uma tenda ou a sombra de outra árvore.
Um momento efêmero, porque logo tomam alento
e em um outro vento viajam... vão embora
e pousam em um lugar longe, de outras línguas.
E passaram por nós, e as ouvimos e falamos,
e algumas vezes as retemos num papel
imaginando sair de nós o que apenas nos visita.
E aqui ficamos enquanto elas nos deixam.
E o que chamamos, sem saber, “silêncio”
é apenas o seu ir embora e nos deixar
até que outro vento passe e em nós ressoe
um poema,um pensar, uma canção.
Palavras que repousam em nós o seu minuto.
Em nós que sonhamos que ouvimos
Vindo dos rios de nosso corpo o que flui no tempo,
em sabermos que aquele que escreve
é apenas um alguém um pouco mais atento ao vento.
Ele escreve as palavras que o possuem,
mas quem? Quem decifra a voz do vento?



zen by mordachai



Era uma tarde, o vento

Era uma tarde e era quase a noite,
no horizonte houve um traço de Van Gogh:
um tom de laranja e um outro cor de barro.
E eu sonhava ir indo por ali, sozinho.
Como quem deixa as uvas e colhe o vento.
A noite veio vindo como quem a pé
e acendeu entre a Lua e o Cruzeiro
um carreiro de velas. E pareceu até
que o breu da noite clareia mais que o dia
por um instante que fosse, um momento.
E sobre o manto do mar Órion molha as mãos
e quem neste vôo vela a noite como eu,
desperto e aceso, se espanta e se pergunta:
para onde foi o que da tarde havia?
E quem chegou e quando? Vindo de onde?
Trazido de qual nuvem? De qual vento?
De que lugar que longe há, e eu não sabia?




Van Gogh: outono



O berrante, o vento

Ouves este som? Pensas que é o vento?
Ouve de novo! Escuta e vê. Não venta.
E na volta da estrada é um som dolente
quem trás até aqui três notas de um berrante.
Alguém que não o vento o sopra. Ouves? Quem?
É um boiadeiro quem canta e, como o vento
fala a ele e aos bois, e a nós e a deus,
e a todos embala como se fosse um berço
o sertão que entanto é pedra e fogo aceso.

Berrante, o artefato de sopro mais humilde
e o som mais igual ao Om de Krishna.
O mais deserdado sopro, o mais sem arte.
Não há lugar para ele entre violas
e sanfonas e tambores das folias
e dos bailes que embalam alegrias
entre um dia vinte e cinco e um dia seis.
Ele sonha ser apenas um mugido,
um como o vento que de um chifre sai,
pois é ao gado que viaja que ele fala.
Não o ouves? E pensas que é o vento.
tu que vens de longe e aqui te esqueces.
Escuta, como em missa, como em prece.
Pastor de bois, o boiadeiro quando sopra
O berrante que o gado ouve e sente,
é um pouco como deus, senhor do vento.



Portinari: balão no céu


Algumas vezes – e elas são muitas – rabisco os meus poemas em folhas de fim de agendas e de cadernos, ou nas partes em branco dos livros de poesias que me acompanham entre viagens. E alguns ficam perdidos por alguns dias... ou por muitos anos.

Assim, neste final de 2007 encontrei três deles que quero partilhar com vocês. Os dois primeiros estavam rabiscados em uma caderneta, em meio a anotações de escritos a respeito da organização de grupos domésticos nas aldeias da Galícia. Notas para um livro inacabável chamado A Crônica de Oms, que um dia espero concluir. Como gosto de indicar local, data e situação de meus rabiscos, debaixo do primeiro está escrito: “Vôo Sampa/Madrid, saindo do Brasil” (sem data). E no segundo anotei: “sobre o Atlântico” (onde?). O último foi rabiscado na parte em branco das páginas 110 e 111, do livro, Poesias, onde Salvatore Quasimodo (um poeta que eu leio e releio sem cessar) escreveu o poema: Que desejas, pastor do ar?

Carlos Rodrigues Brandão
Um dia depois do Natal em 2007

ihdp

font: ihdp
http://www.ihdp.unu.edu/article/read/social-scientists-call-for-more-research-on-human-dimensions



Social scientists call for more research on human dimensions of global change

Scientists across all disciplines share great concern that our planet is in the process of crossing dangerous biophysical tipping points. The results of a new large-scale global survey among 1,276 scholars from the social sciences and humanities demonstrate that the human dimensions of the problem are equally important but severely under-addressed.
The survey, conducted by the IHDP Secretariat (UNU-IHDP) in collaboration with UNESCO and the International Social Science Council(ISSC), identifies the following as highest priority research areas:
(1) equity/equality and wealth/resource distribution;
(2) policy, political systems/governance, and political economy;
(3) economic systems, economic costs and incentives; 
(4) globalization, social and cultural transitions.
Over 80% call for additional funding and opportunities for such research. 90% of the survey respondents are in favor of an assessment of social sciences and humanities research findings applicable to global environmental change.
Please see the full survey report here.UNU-IHDP Survey Results 09 2011.pdf

Tangible scientific results soon available

The organizers of the Planet under Pressure conferenceto be held in March 2010 in London, will soon publish a series of White Papers and Policy Briefs that show important aspects of what the survey respondents are calling for.
Based on current research, the Policy Briefs will provide recommendations for decision-makers on Human Well-Being, Green Economy, Transforming Governance and Institutions, Interconnected Risks and Challenges, Water Security, Food Security, Biodiversity and Ecosystem Services and Energy Security. The first set of Policy Briefs will be released within the next few weeks and published on our website.
The Planet under Pressure conference will most likely be the biggest gathering of global environmental change scientists of all times, with 3,750 abstracts submitted for the conference sessions alone. The conference is co-organized by IHDP, IGBPDIVERSITASWCRPESSP andICSU.
If you have questions, please contact us at 

Wednesday 28 September 2011

é tudo verdade - dovcumentário

fonte: repórter brasil
http://www.reporterbrasil.org.br/exibe.php?id=1861


23/02/2011 - 16:56
"É Tudo Verdade" 
seleciona documentário da Repórter Brasil

Dirigido por Caio Cavechini e Carlos Juliano Barros, o documentário "Carne, Osso" faz um "mergulho no mundo dos frigoríficos brasileiros, marcado por condições precárias, riscos e danos à saúde de seus trabalhadores"

Por Repórter BrasilO documentário "Carne, Osso", da Repórter Brasil, faz parte das obras selecionadas pelo Festival Internacional É Tudo Verdade 2011. A primeira relação de escolhidos para a competição foi divulgada pelos organizadores do evento nesta quarta-feira (23),

Dirigido por Caio Cavechini e Carlos Juliano Barros, "Carne, Osso" faz um "mergulho no mundo dos frigoríficos brasileiros, marcado por condições precárias, riscos e danos à saúde de seus trabalhadores".

Inédito, o documentário da Repórter Brasil é resultado de dois anos de trabalho e está concorrendo inicialmente com outras seis produções inéditas na categoria de longas e médias metragens (confira lista abaixo).

A 16ª edição do É Tudo Verdade será realizada de 31 de março e 10 de abril, simultaneamente em São Paulo (SP) e no Rio de Janeiro (RJ). Listas complementares de títulos nacionais e internacionais, assim como a programação final, serão divulgadas nos próximos dias pela organização. A entrada para as salas de exibições é gratuita. Para mais detalhes, acesse o site oficial (www.etudoverdade.com.br) ou o twitter (@etudoverdade) do tradicional festival de documentários, que é dirigido por Amir Labaki.

O documentário vencedor da disputa de longas e médias metragens nacionais inéditos receberá o Troféu "É Tudo Verdade", criado pelo artista plástico Carlito Carvalhosa, e o "Prêmio CPFL Energia/É Tudo Verdade" no valor de R$ 100 mil. 

O vencedor na disputa de curtas brasileiros receberá o Troféu É Tudo Verdade e um prêmio no valor de R$ 10 mil.




Monday 26 September 2011

jardim do Inhotim - Brumadinho, MG

fonte:
http://wp.clicrbs.com.br/viajandocomarte/2011/09/24/o-jardim-museu-mais-lindo-do-mundo-esta-no-brasil-voce-conhece-inhotim/?topo=77,1,1,,,77


O jardim museu mais lindo do mundo está no Brasil. Você conhece Inhotim?

Se você nunca ouviu falar em Inhotim não perca mais nem um minuto para conhecer!
Para brindar a entrada da primavera , nada melhor do que se deleitar com um lindo jardim botânico e museu de arte contemporânea integrados.
Yayoi Kusama
Sabe aqueles lugares que te surpreendem em todos os aspectos, Inhotimé muito mais! É mais que um jardim botânico, mais que um museu de arte contemporânea, mais que um exemplo de arquitetura moderna e mais do que eu já vi em qualquer lugar do mundo em todos estes quesitos. Mas o principal é que está no Brasil, em Minas Gerais e poucos brasileiros conhecem!
Galeria True Rouge
Se você não tem programa para o próximo feriado , pegue um avião paraBelo Horizonte e viaje 60 km de carro até Brumadinho para desfrutar de tudo isto por meros R$25,00 . Se você tem programa , desvie a rota que não vai se arrepender nenhum minuto. Se forem férias , melhor ainda pois ainda dá para conhecer Tiradentes e outras riquezas mineiras das quais vou falar mais adiante.

Edgard de Souza
Eu tinha escrito sobre Inhotim ano passado , mesmo sem conhecer pessoalmente, o linck para quem estiver interessado na história do lugar está aqui: http://wp.clicrbs.com.br/viajandocomarte/2010/11/01/inhotim-coloque-na-lista-dos-destinos-imperdiveis-no-brasil/?topo=77,1,1,,,77
Inhotim é um projeto de um magnata mineiro , Bernardo Paz que vendeu a empresa de siderurgia e resolveu investir num projeto mirabolante, construir um museu de arte contemporânea em meio a natureza e de quebra criar um dos mais importantes e bem montados jardins botânicos do Brasil. Eu que estive no Jardim Botânico de Porto Alegre faz pouco , fiquei triste ao lembrar de nosso mau cuidado e fraco exemplar. Mas todo o projeto foi feito com paixão e sem muito planejamento prévio , até porque se assim fosse deveria ter sido construído num local de mais fácil acesso .
O projeto paisagístico é de Burle Marx e o trabalho sensorial nos evoca o jardim do Éden. São 100 hectares de cores e aromas escolhidos com um cuidado especial , criando uma atmosfera de deleite em cada curva do caminho. Cinco lagos ornamentais  com a maior coleção de palmeiras da América são dispostas de forma harmônica , quase poética. Para quem cuida de um pequeno jardim e se emociona quando desabrocham as primeiras glicínias e jasmins perfumando o ar na primavera , entendem bem do que estou falando!
Os recantos por onde espalham-se os pavilhões que abrigam as obras de artistas  brasileiros e estrangeiros são pensados para terem uma sintonia perfeita com as espécies naturais que lhes abraçam. Os aromas de eucaliptos e acácias estão até agora impregnados na minha memória. Nas 17 galerias as obras são expostas alternadamente, porém 21 artistas tem pavilhões próprios perenes. Dentre os mais conhecidos estão Tunga, Cildo Meireles , Helio Oiticica e a esposa do mentor , Adriana Varejão. As exposições são sempre renovadas, e galerias são anualmente inauguradas. A intenção é promover o diálogo constante com o entorno de montanhas e mata!

Adriana Varejão
Hélio Oiticica
Galeria Miguel Rio Branco
Eu sei que muita gente deve estar pensando, “eu não gosto de arte contemporânea, não tenho o que fazer neste lugar!”
Ledo engano, você só não vai apreciar Inhotim se não gostar de natureza, nem harmonia e nem tão pouco apreciar o belo! E mesmo com muita expectativa não tem como não se surpreender com o que encontra por lá. Mas já está difícil visitar o museu inteiro num dia só. Algumas galerias ocupam espaços mais distantes da entrada e para isto existem uns carrinhos de golfe que fazem o transporte. Ouvi falar que estão pensando em construir uma pousada ali perto, seria providencial porque de outra forma é só voltando para BH ou ficando na Serra a 30 km em pousadas bem simples e bem caras.
Coleção de Palmeiras
A terceira onda do Inhotim são as instalações site-specific: o artista selecionado escolhe um local determinado e cria não apenas a obra para aquele lugar, como interefere na concepção do edifício que vai abrigar a obra. O sonho dourado de qualquer artista do mundo.
Hugo França foi para Trancosono no começo dos anos 80 e conheceu o pequi vinagreiro – madeira que revolucionaria sua vida. As canoas eram feitas dessa árvore, uma herança indígena, mas a descoberta revolucioária do designer foi que as raízes centenárias sobrevivem às queimadas. Pelas mãos do profissional, elas se transformam em móveis escultóricos,  capazes de resgatar a natureza bruta onde quer que sejam expostos. Inhotim conta as mais monumentais esculturas mobiliárias que o designer já produziu.
Tamboril
Tudo conspira a favor, até os restaurantes estão integrados no ambiente e formam um cenário perfeito para apreciar a deliciosa culinária mineira, aqui nada tradicional e bastante inovadora.  São 10 opções entre lanchonetes e 2 excelentes restaurantes o Tamboril e o Oiticica.
Restaurante Tamboril
Aberto de quarta a domingo e aos feriados, Inhotim oferece visitas temáticas (arte ou natureza), com monitores, além de visitas educativas para grupos , que devem ser agendadas previamente.
O jornal The New York Times, em referência ao Inhotim, citou certa vez que “poucas instituições se dão ao luxo de devotar milhares de acres de jardins e montes e campos a nada além da arte, e instalar a arte ali para sempre”. Para nossa sorte e deleite!
Formas da Natureza
“E quem está falando não é um rato de museu, não. Tenho pouca paciência com o gênero. 90 minutos, duas horas no máximo é o que agüento antes de virar abóbora. Até a cara de conteúdo eu costumo perder no meio do caminho. Em museus grandes e sobretudo em bienais acabo sofrendo uma overdose conceitual. Entro em coma artístico.Eu não entendo xongas de arte, mas pelo jeito que fui tocado por tudo o que vi, me arrisco a palpitar que a curadoria busca obras que causem impacto também no público leigo. Nada passa batido. Pelo menos algum dos seus sentidos vai entender por que aquilo foi posto lá para você contemplar (às vezes, interagir).”
                                                                                                 Ricardo Freire“Inhotim , o melhor passeio que você ainda não fez”.
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Tuesday 20 September 2011

Earth Rights

fonte: IUCN ACADEMY
http://www.iucnael.org/en/e-journal/current-issue-.html


ISSUE: 2011(1)

A Word from the Editors: Putting the Earth to Rights?

This issue of the IUCNAEL e-Journal invites readers to consider multiple dimensions of the developing application of rights-based claims, in a variety of guises, as they pertain to the environment. The profile and purview of international human rights law and more recently international environmental law are now well established. It is therefore of course not surprising to note the emergence of first human rights-based claims with an environmental dimension and now cross-cutting human rights and environmental claims during the past few decades. Perhaps the only real matter that should take us aback is how long they have taken to do emerge. The debate is however moving on apace and discussion is now shifting the boundaries of the rights debate beyond human rights-holders towards the idea of rights for other species and indeed for nature itself, through ground breaking documents such as the Earth Charter and the Draft Universal Declaration of the Rights of Mother Earth.
The articles published in this edition represent diverse spectrums of opinion on the nature, ambit and content of these new emerging rights and the intersection between them. James May and Erin Daly, in ‘New Directions in Earth Rights, Environmental Rights and Human Rights: Six Facets of Constitutionally Embedded Environmental Rights Worldwide’, examine both the existing and expanding application of human rights-based claims, notably in South Asia and Latin America, with their recognition of the instrumental importance of the environment for human flourishing. Innovative judicial approaches to claims founded on the environment have of course been emerging across the globe, but debate has arguably been in reinvigorated by case law originating in the aforementioned jurisdictions. May and Daly also highlight the emergence of an innovative jurisprudence, which sees claims based on according intrinsic value to the environment insofar as this is possible within the applicable statutory frameworks.
The above developments resonate with Earth Jurisprudence or Wild Law, the growing global movement that seeks to mainstream rights for the environment and its constituent elements within contemporary legal systems. Cormac Cullinan passionately voices the central tenets underpinning this movement in his note titled ‘The Call of the Wild’. This hortatory piece is founded in part on moral considerations attached to the exploitation of nature and the environment, but chiefly on the imperatives imposed by our understanding of the position of humanity in and of the ecosystem, ideas that have proved influential in prompting the drafting of theDraft Universal Declaration of the Rights of Mother Earth.
Peter Burdon, in his article ‘Earth Rights: The Theory’, considers the concept of earth rights in terms of its historical and jurisprudential underpinnings in Western thought. In so doing, he provides a usefully contextualized treatment of, amongst other things, key provisions of theDraft Universal Declaration. His discussion of earth rights includes a critique of the concepts involved and the role of legislation and advocacy in progressing them. It however ranges beyond the purely legal and considers the wider societal influence associated with affording greater recognition to earth rights.
Finally, Michel Prieur in his thought-provoking examination of the principle of non-regression draws the reader’s attention to the hugely significant question of the entrenchment (or lack thereof) of environmental law in modern legal systems. This goes to the heart of the viability of environmental law, a discipline where the need for reasoned concern and consistent long-term action is so often sacrificed in favour of short-term political expediency. He advocates the adoption of a principle of non-regression, founded on the idea that environmental law should not be modified to the detriment of environmental protection. Professor Prieur arguably provides a tool that could protect not only the hard-won fruits of progress to date, but one which may also serve to promote the more ambitious environmental agenda (regardless of its final form) which will have to develop during this century to secure not only the flourishing of our ecosystem, but arguably its very survival.
Following the above articles and notes you will find a diverse array of country reports from scholars situated in 22 different jurisdictions across the globe. These provide an overview of recent legal, policy and judicial developments in these countries. The nature of these develops is exceedingly diverse. What is particularly interesting, in the context of the above substantive articles, is the adoption of new constitutions containing environmental provisions in both Kenya and the Kyrgyz Republic in 2010.
Please note that the theme for substantive articles for inclusion in the next issue of the eJournal is Innovations in Social Justice and Environmental Governance. During the past few decades, much attention has been paid to ‘efficient’ environmental protection, but at what social cost? Market instruments frequently empower the rich. Regulated access is often easier for those who are confident, informed and mobile. Even seemingly benign approaches, such as ‘green investment’, can have dire social consequences for certain sectors of the society. Innovations in environmental law may show the way towards improved environmental governance that simultaneously significantly improves the lot of the least advantaged in society. The editors are particularly interested in articles that demonstrate how environmental law can fulfill its traditional role in pioneering both environmental protection and social justice. The due date for submitting all contributions (articles, notes, country reports and book reviews) for inclusion in the next issue of the e-Journal is 30 September 2011.
In conclusion, we would like to leave readers with Ama Ata Aidoo’s beautifully expressed thoughts which, to our mind, neatly summarise many of the issues that are reflected in the pages that follow:
After
Each shocking experience
Mother Earth recovers –
That, of course, is true,
But, with some effort
Battered as she is.
It is not bad if we help her
Some of the time.
(’The Plums’ in A. Carter (ed.), Angela Carter’s Book of Wayward Girls & Wicked Women (2010))
Karen Morrow & Alexander Paterson 
( IUCNAELJournal@gmail.com)
You can download the full contents of Issue 2 here or access individual articles and reports under the tabs below.
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‘Yearning for a more beautiful world’: Pre-Raphaelite and Symbolist works from the collection of Isabel Goldsmith

https://www.christies.com/features/pre-raphaelite-works-owned-by-isabel-goldsmith-12365-3.aspx?sc_lang=en&cid=EM_EMLcontent04144C16Secti...